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A Doença de Peyronie: O Que é, Sintomas, Diagnóstico e Tratamento




A Doença de Peyronie é uma condição relativamente comum, mas pouco discutida entre os homens. Afetando diretamente o órgão sexual masculino, essa doença pode causar desconforto físico e emocional, interferindo na qualidade de vida e nas relações sexuais.


Assim, vamos entender mais sobre o que é a Doença de Peyronie, seus sintomas, causas, diagnóstico e as opções de tratamento disponíveis


O que é a Doença de Peyronie?


A Doença de Peyronie é uma condição caracterizada pelo desenvolvimento de placas de tecido fibroso no interior do pênis. Essas placas provocam curvatura anormal do pênis durante a ereção, causando dor e, em alguns casos, disfunção erétil. O nome da doença vem do cirurgião francês François de la Peyronie, que descreveu a condição pela primeira vez em 1743.


A formação das placas de fibrose ocorre na camada chamada de túnica albugínea, que envolve os corpos cavernosos, responsáveis pela ereção. Essa fibrose gera uma área menos elástica no pênis, que, ao se encher de sangue durante a ereção, se curva para o lado afetado, causando deformidade.


Sintomas da Doença de Peyronie


Os sintomas da Doença de Peyronie variam de acordo com a gravidade e a fase da condição. Alguns dos sinais mais comuns incluem:


●            Curvatura do pênis: A característica mais notável da Doença de Peyronie é a curvatura peniana durante a ereção. A curvatura pode ser para cima, para baixo ou para os lados, dependendo da localização das placas de fibrose.

●            Dor durante a ereção: Muitos homens relatam dor no pênis, especialmente nas fases iniciais da doença. A dor pode ser leve ou intensa e, em geral, diminui com o tempo.

●            Placas ou nódulos: Algumas pessoas podem sentir uma área endurecida ou nódulos no pênis, que correspondem às placas de fibrose.

●            Disfunção erétil: Em casos mais graves, a Doença de Peyronie pode causar dificuldade em obter ou manter uma ereção adequada para a relação sexual, devido à dor ou à curvatura significativa.

●            Encurtamento do pênis: A fibrose pode resultar em uma redução no comprimento do pênis, o que pode causar frustração e problemas emocionais para muitos homens.


Causas da Doença de Peyronie


A causa exata da Doença de Peyronie ainda não é completamente compreendida, mas acredita-se e que esteja relacionada a microtraumas repetitivos no pênis, como pode ocorrer durante a relação sexual ou atividades físicas. Esses traumas, em homens predispostos


geneticamente, podem desencadear uma resposta de cicatrização anormal, levando à formação de placas fibrosas.

Fatores de risco para o desenvolvimento da Doença de Peyronie incluem:


●            Idade: A condição é mais comum em homens entre 40 e 60 anos, embora possa ocorrer em qualquer idade.

●            Histórico familiar: Homens com parentes de primeiro grau que têm a Doença de Peyronie podem ter maior predisposição.

●            Disfunção erétil: Homens que já têm dificuldade de ereção podem ter um risco aumentado devido à maior chance de trauma durante a atividade sexual.

●           Doenças do tecido conjuntivo: Condições como a contratura de Dupuytren, que afeta as mãos, também estão associadas a um risco maior de desenvolvimento da Doença de Peyronie.


Diagnóstico da Doença de Peyronie


O diagnóstico da Doença de Peyronie é feito por meio de uma combinação de exame clínico e histórico do paciente. Durante a consulta, o médico pode realizar uma avaliação física para verificar a presença de placas e medir o grau de curvatura do pênis.

Em alguns casos, pode ser necessário realizar um ultrassom peniano para avaliar a localização e o tamanho das placas, além de identificar possíveis problemas vasculares que podem estar associados à disfunção erétil.


Tratamento da Doença de Peyronie


O tratamento da Doença de Peyronie depende da gravidade dos sintomas, do estágio da doença e do impacto que ela causa na vida do paciente. Existem abordagens tanto conservadoras quanto cirúrgicas, e o tratamento pode variar de acordo com a fase da doença (ativa ou crônica).


Fase aguda (ativa)

 

Na fase inicial da Doença de Peyronie, também chamada de fase aguda, a doença está em evolução, e os sintomas de dor e a curvatura podem piorar progressivamente. Nessa fase, o tratamento é geralmente voltado para o controle da dor e a prevenção de piora da curvatura. As opções incluem:

●            Medicações orais: Alguns medicamentos, como a vitamina E e a colchicina, têm sido utilizados para tentar reduzir a formação de placas. No entanto, os resultados são variados.

●            Injeções penianas: Medicamentos como o colagenase, que ajudam a quebrar o tecido fibrótico, podem ser injetados diretamente nas placas para reduzir a curvatura.

●            Terapia de ondas de choque: Um tratamento não invasivo que utiliza ondas sonoras para tentar amolecer as placas e aliviar a dor.


Fase crônica


A fase crônica da Doença de Peyronie é caracterizada por uma estabilização da condição. Nesse estágio, a dor geralmente desaparece, mas a curvatura permanece. Se a deformidade for leve e não interferir nas relações sexuais, o tratamento pode não ser necessário. No entanto, para casos mais graves, as opções cirúrgicas podem ser recomendadas.


●           Cirurgia de plicatura: Indicada para casos de curvatura moderada. Nessa técnica, o cirurgião encurta o lado oposto à curvatura para corrigir o ângulo do pênis.

●            Incisão e enxerto: Utilizada em curvaturas mais severas, envolve a incisão da placa e a colocação de um enxerto de tecido para restaurar o formato do pênis.

●            Próteses penianas: Para homens que também apresentam disfunção erétil significativa, a colocação de uma prótese peniana pode ser uma solução eficaz para corrigir a curvatura e restaurar a função erétil.


A Doença de Peyronie é uma condição que pode impactar profundamente a vida sexual e emocional dos homens. Embora ainda seja um tema pouco falado, é importante que pacientes com suspeita ou diagnóstico confirmado busquem ajuda médica. Quanto mais cedo o diagnóstico for feito, maiores são as chances de sucesso no tratamento, seja ele conservador ou cirúrgico.


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